A vesícula biliar é responsável por armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que tem como função o auxílio na digestão de gorduras no intestino. Quando a composição da bile é alterada, as chances de formação de pedras são maiores. Isso acontece quando o fígado secreta colesterol em excesso, tornando a bile saturada com o colesterol que acaba se transformando em cristais e, posteriormente, em pedras. Outro fator é o esvaziamento irregular da vesícula biliar. Nesse caso, a bile se torna muito concentrada, podendo formar cristais.
Os principais fatores que resultam nessas alterações são:
- Alimentação rica em gorduras
- Colesterol alto
- Obesidade
- Sedentarismo
- Hipertensão arterial
- Baixo consumo de fibras
O paciente tem indicação para retirar a vesícula biliar sempre que a presença de cálculos é identificada e causa sintomas, como dor, náuseas, cólicas, estufamento ou má digestão.
Em alguns casos, os pacientes assintomáticos, que identificaram a doença em exames de rotina, também podem ter indicação de tratamento cirúrgico. A avaliação é feita sempre de forma individual, em uma conversa entre médico e paciente.
Não é possível saber quais pacientes vão ou não desenvolver sintomas com o passar do tempo, por isso também levamos em consideração outros aspectos importantes, como a idade, o tamanho das pedras e a presença de doenças associadas.
Geralmente, pedras múltiplas e pequenas estão associadas a maior risco de complicações como coledocolitíase (quando um ou mais cálculos saem da vesícula para o canal principal da bile) e pancreatite aguda.
A cirurgia é realizada pela técnica videolaparoscópica, com pequenas incisões, tendo como vantagens a rápida recuperação, menos dor no pós-operatório, menores chances de infecções e melhores resultados estéticos.